Estou em busca de mim mesma. Tenho sonhos infantis e impossíveis que teimo em tentar realizar. Não me canso da idéia de ser feliz e me apego a isso para viver. Nasci em Porto Alegre, moro em Maceió. E me perdi e me achei várias e várias vezes nessa cidade, que já considero um pouco minha também. Sou inconstante e complicada. Muitas coisas me sensibilizam, poucas me abalam. Sou hipocondríaca. Tenho 1.80, sou canhota e nunca consegui aprender qual lado é esquerdo e qual é direito.As vezes perco o rumo. As vezes perco a hora. As vezes encontro tudo onde não esperava encontrar nada. Sou desastrada sempre. E distraída, quando convém. Dizem que sou dramática e exagerada. Eu sei que exagero quando gosto e exagero quando não gosto. Sou tolerante demais com as pessoas. Até um limite. Depois passo a ser a pessoa mais intolerante do mundo. Não aturo gente burra, gente que adula, gente covarde e nem gente mais ou menos. Não imagino meu mundo sem desafetos. Sou feliz. Convivo bem com minhas idiossincrasias, com as pessoas e com o mundo. Não convivo bem com a minha morte, nem com a dos seres vivos e nem com a do mundo. Frequentemente ao ler esqueço de tudo, as vezes nem a mais poderosa droga me desligaria da realidade. O ser humano me decepciona. Os animais sempre me surpreendem. Perdôo tudo, mas minha memória é prodigiosa, não me deixa esquecer absolutamente nada. Se sou boa? Não. Sou justa
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